Pedrinho e Davi

Pedrinho e Davi

Pronto! Resolvido! Davi e Pedrinho finalmente estão na escola. Entretanto, para conseguirem esta vitória, suas respectivas mães não solicitaram suas matrículas simplesmente. Elas fizeram abaixo-assinados para que seus filhos — ambos com alguma deficiência — tivessem espaço garantido em instituições públicas de ensino do Rio de Janeiro. Para Pedrinho, houve cerca de 23 mil assinaturas. No caso de Davi, mais de 39 mil. Esse movimento não deve parar por aí. Especialmente se a moda chegar a escolas particulares…

Interessante também ressaltar que, como as assinaturas certamente não representam somente responsáveis por crianças com alguma deficiência, a necessidade da inclusão também está tocando pessoas que não têm filhos com alguma questão. Isso reforça que a inclusão não é assunto exclusivo de algumas famílias, mas se torna uma preocupação social. Ganha Pedrinho. Ganha Davi. Vence toda a sociedade.
A situação deles não é muito diferente de outras crianças com alguma questão. A recusa de matrícula ainda é gigantesca, assim como a persistência de um número ainda significativo de crianças e jovens fora da escola. E isso apesar de ser contra a lei. No entanto, bom lembrar, mesmo assegurada a vaga, ainda há outros entraves como falta de mediador (ou a chamada AT, acompanhante terapêutica) nas escolas públicas — outro direito que é negado, nessas instituições, a muitos estudantes.
O quadro não é muito distinto nas escolas particulares. Tanto assim que várias escolas da rede privada já possuem processos na Justiça por negarem matrícula de uma criança ou pressionarem por sua saída da escola.
Contudo, diante da pressão social, de todos, cada vez mais a escola será um lugar aberto a Pedro, Davi, João e Maria. Todos da mesma escola.

Às mães dessas crianças, nossos parabéns! E um desejo de coragem porque a jornada da inclusão de seus filhos começa agora. Com vocês sendo as protagonistas das mudanças. Parabéns!

Editoria
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