Inclusão de gente ou de coisas?

Proposta de inclusão escolar.

Inclusão de gente ou de coisas?

Em Belo Horizonte, houve recentemente uma história de um menino com deficiência que foi deixado no corredor da sua escola, enquanto sua turma ia ao cinema. Sua mãe ficou indignada e triste, disse que a escola se diz inclusiva, porém, faz isso com o menino toda vez que a turma sai.
Bem, acho que a resposta para esse problema está na pergunta “o que é inclusão?”. Inclusão pode ser definida como adicionar alguma coisa à outra. Por exemplo; “tenho que adicionar o sal na lista de compras”. No caso, é só escrever “sal” na lista e pronto. Mas é necessário compreender que as pessoas não são como coisas a serem adicionadas à lista de compras. Incluir alguém é muito mais do que “jogar” alguém no meio de pessoas. É mais do que estar “no meio de”.
No meu ponto de vista, todas as escolas devem ter uma proposta de inclusão, e
estou começando a achar que nenhuma tem porque todas as escolas a que já fui não tinham isso e, quando parece que eu vejo uma escola inclusiva, leio em alguma reportagem sobre falta de inclusão.
Acho que o mundo está perdendo sua sensibilidade. As pessoas estão deixando de
se ver. Elas se veem com obstáculos, adversários ou degraus. Muitos educadores não veem que os alunos com deficiência merecem ser incluídos: eles vêem “coisas” que estão lá porque mandaram. Esse é o problema.

Por Gabi Victoria*

* Texto originalmente publicado no site Nuvem de Palavras – blog de conteúdo voltado principalmente para adolescentes do Brasil. O site escrito por estudantes da oficina de jornalismo do Instituto Lecca. Gabi tem 15 anos.

 

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